quinta-feira, 28 de abril de 2016

A POESIA DA NECA MACHADO


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"MEUS PÉS..."
POESIA DA NECA MACHADO (Administradora Geral, Licenciada Plena em Pedagogia, Artista Plastica Impressionista e Abstrata, Bacharel em Direito Ambiental, Pesquisadora de Mitos da Amazônia, Jornalista, Blogueira, Quituteira e Poetisa, Especialista em Educação Profissional Integrada)
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Neca Machado MEUS PÉS....
Por > Neca Machado

Queriam que meus pés fossem do chão
Mas eles teimavam em voar,
Queriam que eles tivessem raiz,
Mas, eles só queriam asas para voar.

Meus pés criaram raízes aéreas
E sobrevoaram Oceanos
Passaram pelo Atlântico
Chegaram ao Pacifico
E não querem mais parar.

As vezes sinto cansaço
É o tempo que chega sem avisar,
Ontem era uma infância, sem medo
Hoje é o medo a chegar
Chegar de não ter mais tempo
Para com meus Pés voar.

Queriam que minhas pegadas fossem pequenas
Mas, elas se agigantaram
Meus pés, sem medo do tempo
No tempo, não mais pararam.

E meus pés só querem asas
Para poder contemplar
Novos horizontes, bem longe
Bem longe do além mar.
Talvez meus pés, voem Mar acima, Mar abaixo
Dançando sem som algum
Porque nas veredas do tempo
O som que pulsa da alma
Não é um som comum.

É o Som de um coração
Que se guiou pelos Pés
Como um curso imaginário
Seguindo a emoção.
Neca Machado www.antoniopereiracosta.blogspot.com
Blog feito por uma AMAPAENSE pesquisadora da OBRA de uma das mais importantes personalidades…
ANTONIOPEREIRACOSTA.BLOGSPOT.COM|POR NECA MACHADO
Neca Machado
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terça-feira, 26 de abril de 2016

POESIA DA NECA MACHADO > "AS PEDRAS DO TEJO" LISBOA-PORTUGAL


Neca Machado adicionou 5 novas fotos.
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"AS PEDRAS DO TEJO"
POESIA DA NECA MACHADO
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Neca Machado AS PEDRAS DO TEJO

Por > Neca Machado (Brasileira, nascida no coração da Amazônia, Administradora Geral, Artista Plástica Impressionista e abstrata, Especialista em Educação Profissional, Bacharel em Direito Ambiental, Jornalista Colaboradora com DRT-AP, Pesquisadora da Cultura da Amazônia, Blogueira, Quituteira de produtos da Amazônia.)

Tuas pedras são tapetes aveludados
Que decidi desbravar
Na emoção, caminhando sobre sonhos
Em naus cheias de mistérios.

Teus caminhos não são percurso de naus
É uma rua de ondas
Bravias a me excitar.
Onde pulsa uma saudade, que não consigo evitar.

Em teu leito, não adormeço
Sonho, e caminho sobre pedras imaginarias
Que me levam além mar.
Sou gaivota livre
Que sobre tuas aguas
Teimo em navegar,

Tejo, também é meu,
Sou pedestre em tuas pedras
Sou viajante em tuas sendas
Embarco nas tuas ondas
E sou Maré a vagar.
Vago como andarilho
Te faço de minha rua,
Na emoção, minha e tua,
Eternizo minha paixão.
Na raiz de um coração
Que atravessou oceano
Para te contemplar.

Tejo, meu Tejo
Te prendo no coração
Teu frio, não é mortal
Mas, meu sentimento por ti
É pleno e real.

Tejo meu curso de rua
Tuas pedras não são tuas
São sinais na escuridão
Para amantes se embriagarem
Com a poesia que surge
Nas noites enluaradas
No tapete refletido em tuas aguas contidas
Poesias escondidas
Escritas com emoção.

.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25.04 > DIA DO AMOR


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25.04 > DIA DO AMOR
POESIA DA NECA MACHADO.
"O SABIÁ E A SEMENTE"
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Neca Machado O SABIÁ E A SEMENTE

Por: Neca Machado

(Brasileira nascida no extremo norte da Amazônia, Administradora, Artista Plástica Impressionista e Abstrata, Bacharel em Direito Ambiental, Escritora e Pesquisadora de Mitos da Amazônia, Contista e Cronista, Jornalista Colaboradora, Licenciada Plena em Pedagogia e Poetisa.)

Este Sabiá madrugador
Transpôs:
Janelas, portais, mares, e rios,
Voou distante, tão longe.
Quebrou e rompeu desafios.
E com o sol das manhãs,
Desceu na minha janela.
Que visão mais bela
E pueril.

E me trouxe a SEMENTE
Da vida,
Da luz,
Da esperança,
E de uma saudade.

Este SABIÁ,
Que tem cheiro de CIO.
Veio ao som dos batuques,
Com o cheiro das açucenas,
De abril,
Com o embalo das morenas
Com a reza das novenas,
Dos Campos do Laguinho,
Com o cheiro das mangas maduras
Da safra de Dezembro
Sutil.

Este SABIÁ!
Com a cor do sol
Do Equador tropical,
Do Equinócio das águas,
É o SABIÁ do amor,
Desta Nega Fulô.

Sua SEMENTE,
Tem nome de flor,
De desejo,
De cheiro de Mato,
De orvalho molhado,
É sua Nega Fulo.

Sua SEMENTE,
Tem cheiro de CIO,
Provoca arrepio,
É puro desafio.
Excita por assovio.

Sua SEMENTE,
Brota em solo
Floreal,
Juvenil,
Febril.

Sua SEMENTE ama este SABIÁ,
Que lembra do mar,
Das marés,
Das ondas senhoras,
E da mansidão dos igarapés.

Este SABIÁ é Senhor,
Das vontades,
Saudades,
Desejos contidos,
Escondidos,
E seu canto
Deságua,
Entranha,
Desbrava,
Arranha
E passeia na teia
Desta pobre aranha.

E seu grito vem,
Como a Pororoca,
Sem medo,
Destruindo,
Consumindo,
Sorrindo,
E se vai...

E sua SEMENTE,
Sobrevive
A mais este ai.

Sua SEMENTE vive,
Se desnuda,
Desabrocha
Numa fenda da rocha,
Feito um cristal.

Sua SEMENTE,
Resiste, persiste,
Ao tempo,
A saudade,
As lembranças,
A dor,
A desesperança,
E de sua janela
Insiste em brotar.

Sua SEMENTE,
O quer,
Quer sol,
Água,
Orvalho molhado,
Quer seu sorriso encantado,
Quer seus braços estendidos,
Afago de sua mão,
Quer seu cheiro de cio,
Quer somente
Um pedaço do seu coração.

Sua SEMENTE cresce,
Brota viçosa,
Ergue-se pelas manhãs
Preguiçosa.
Torna-se frondosa.
E se estende pelos cantos
Deixando um encanto no ar.
No recanto de uma saudade.
Olhando frestas sobre florestas.
Ergue-se sobre mares,
Lugares,
Busca um caminho,
Um porto seguro,
Neste escuro.
Deste SABIÁ.

Sua SEMENTE,
Banha-se,
Com água de poço, (Poço do Mato)
Revela seus segredos à mãe do rio,
Sente arrepios.
Conhece segredos de uma magia
Lança-se sobre janelas imaginarias,
Em busca de seu SABIÁ.

Sua SEMENTE faz versos,
Mostra reversos
Tem sonhos,
Sente cheiro de saudade
Do seu SABIÁ.

Este SABIÁ
Da cor divinal, celestial,
Angelical,
Tão natural,
Com sabor do açaí, de cupuaçu,
De bacuri...
Tão animal.
Com seu canto irracional.
Que pousa atrevido na minha janela,
No meu sofrimento,
No meu quintal.

Este SABIÁ é gente,
Tem pensamentos,
É generoso,
Doce,
Torna-se degustativo.

E sua SEMENTE
Tem incertezas,
Lamenta,
E faz sonetos,
Nas entrelinhas
Ponteia
Norteia,
Vagueia,
E fita seus olhos de mel,
Contemplativos,
No seu SABIÁ.
Que entre janelas ao vento,
Portais e murais,
Lagos, florestas e igarapés,
Teima em voar.

E sua SEMENTE,
Se cobre
De lagrimas,
De mantos de santos,
De encantos
E desejos,
Viajando em canções
Que a fazem lembrar do seu SABIÁ. (lê, lê, lê.........)

E sua SEMENTE
Viaja
Devagarzinho
Por um mar acima, e um mar abaixo,
Como um menino, menina...
Que abriu os olhos
Pelas frestas de uma janela
Esperando um presente de Natal.

E este SABIÁ
Viajante,
Andante
Errante,
Torna-se distante,
Do seu penar.

Mas na seiva desta SEMENTE
Que insiste
Em sobreviver
Em plagas tucujus,
Sua imagem a faz florir.
Crescer,
E fazer
Novas sementes
Para este amor
Se eternizar.

Sem amarras,
Mordaças,
?Então tá SABIÁ!?

E da minha janela,
Eu vi Bem-te vis,...uirapurus...
Vi chuva de inverno
Imaginei janelas ao vento
E quase cheguei ao céu.

Não fui leviana
Somente insana.
Buscando uma canção
Pra me confortar.

?Então ta SABIÁ?, (lê, lê, lêlê........)
ESTE CANTO FICOU SOMENTE NO PAPEL.

Com a bela lembrança de um SABIÁ.
Neca Machado
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